Não existirão, mesmo na Europa, muitas cidades como esta: labiríntica, intuitiva, recheada de perplexidades a cada esquina, pejada de referências, de personagens e histórias antigas - e tudo isso, no entanto, cruzando-se a cada passo com uma indisfarçável ambição de modernidade, com um indomável sentido de futuro, com uma abertura de espírito e uma tolerância verdadeiramente inconfundíveis. Onde haverá uma cidade tão conhecida pelos seus escritores, que procedeu até a uma «Revolução de Veludo» sob a liderança de um dramaturgo - e também admirador confesso da música de Lou Reed e dos Velvet Underground - o qual, já retirado do cargo de Presidente da República, ganhou a fama de ser visto a passear tranquilamente de moto pelas ruas? Só em Praga, cidade milenar, cidade ecuménica. É uma cidade literária, esta de Franz Kafka, de Milan Kumdera, de Bohumir Rabal, de Vaclav Havel - mas também uma cidade musical: é a de Janacék, de Dvorák, a cidade onde o próprio Mozart encontrou inspiração para uma das suas composições mais célebres, A Flauta Mágica. Toda ela é lenda.Etiquetas: Praga, República Checa
Esta entrada foi escrita em quarta-feira, setembro 14, 2005 pelas 10:32