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Que dois

nem sabem o que dizem, nem dizem o que sabem

à Paris, pour l'Assemblée Générale d'Eryica

quinta-feira, novembro 30, 2006
Estou desde ontem e espero que até domingo em Paris para a 17ª Assembleia Geral da Eryica. A Eryica é a Agência Europeia de informação e Aconselhamento Juvenil. A convite do IPJ, Instituto Português da Juventude e representando a FNAJ, Federação Nacional de Associações Juvenis e juntamente com dois ilustres representantes do IPJ, o Dr. Jorge Orlando Queiroz e o Dr. Fernando Espadinha (especialistas em Informação Juvenil).
O dia de hoje foi dedicado à discussão das linhas estratégicas a tomar para os próximos anos, e também à alteração dos objectivos e do texto para a "mission statement" da Eryica para o futuro. Foi, de resto, a parte mais curiosa e interessante da discussão, com os membros a dividirem-se profundamente quanto à manutenção ou retirada da palavra "Counselling". Nesta discussão o "Head of delegation" Português e também Vice-Presidente do "Governing Board" esteve particularmente bem. Do outro lado, os países do "Benelux" e a Áustria em força contra o Aconselhamento. Digamos, que, ao fim de muito tempo, todos chegaram a um acordo e todas as palavras e significados daí inerentes foram salvaguardados.
A Sessão de Abertura contou também com a presença do Ministro da Juventude e Desporto, bem como do alto responsável para a Juventude do Conselho da Europa.
Outro dos assuntos apresentados foi a renovação da campanha que todos conhecemos, "All Different, All Equal" (todos diferentes, todos iguais) que está a partir deste mês "em campo".
Nota final para alguns factos curiosos, a Assembleia Geral é muito restrita, contando com apenas cerca de 60 pessoas dos 22 países que compõem a organização, as reuniões por norma serem "à mesa redonda" facto que neste primeiro dia não foi possível e que motivou alguma contestação, a formação de pequenos grupos para "brainstorming" e por fim o facto de que a Agência comemora este fim de semana o seu 20º aniversário. :)

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Lame Duck

quarta-feira, novembro 08, 2006
O Partido Democrata conquistou a maioria dos assentos da Câmara dos Representantes (câmara baixa) dos EUA nas eleições de ontem, dando fim a um período de 12 anos de liderança republicana. Alêm disso, o controlo do Senado também por parte dos Democratas (câmara alta) está dependente dos resultados no estado de Virginia.
Este cenário, que dá o poder legislativo aos democratas não é inédito, aliás, a maioria dos presidentes reeleitos, deram-se mal. Tão mal que foi criada a expressão "lame duck" (pato coxo, presa fácil para os caçadores) para definir os finais de mandatos. Richard Nixon teve que renunciar no segundo mandato para não ser "caço" em virtude do escandaloso Watergate; toda a gente se recorda do segundo mandato de Bill Clinton! Cheio de denúncias e escândalos pessoais, ou melhor, sexuais, que quase o levaram a ser "caço"; o presidente George W. Bush no primeiro mandato e na segunda metade do actual, viu grande parte dos seus projectos derrotados pelo congresso americano, onde o seu partido republicano possuia a maioria - imagine agora que a perdeu. Bush está coxo, é presa fácil, será que o vão "caçar"? Anda um "pato coxo" à solta....

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Elogio ao Amor

terça-feira, novembro 07, 2006
"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e é mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática.O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banançides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra.O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos.Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. é uma questão de azar.O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra.A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra.A vida dura a Vida inteira, o amor não.Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso

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As três setas, a chaminé ou simplesmente o Símbolo do PSD

sexta-feira, novembro 03, 2006
A propósito da Revisão do Programa do PSD que agora se inicia, escolhi este texto de Pedro Roseta, publicado numa remota edição (de 1975 presumo) do Povo Livre, em que explica a história do simbolo do PPD/PSD.

"Tal como outros movimentos, também os partidos sociais-democratas adoptaram, desde início, diversos símbolos exteriores que pudessem, de forma rápida, sugestiva e uniforme, identificá-los perante o maior número de pessoas.
Assim, durante muitos anos, o Partido Social-De­mocrata Alemão serviu-se largamente de diversos símbolos, entre eles a bandeira encarnada e o cravo vermelho na lapela.
Mas um novo símbolo, forjado na luta contra o totalitarismo. estava des­tinado a sobrepor-se aos restantes.
A descoberta, em 1931, de um feroz programa de repressão que os nazistas pretendiam aplicar na Alemanha quando conquis­tassem o poder, através das famigeradas S. A. (Secções de Assalto), provocou grande agitação entre a população trabalhadora e o seu partido: o S.P.D. (Partido Social-Democrata Alemão).
Poucos dias depois, em Heidelberg, uma das muitas cruzes suásticas que já então os nazis reproduziam em grande quantidade nas paredes das cidades alemãs apareceu cortada por um traço grosso de giz branco. Certamente algum trabalhador, cujo nome para sempre ficará ignora­do, ao ver o símbolo odiado das forças totalitárias, não se pode conter e resolveu espontaneamente riscá-lo.

Nascidas espontaneamente na luta dos militantes sociais-democratas contra o nazismo, as setas da social-democracia exprimiam muito bem a aliança entre as organiza­ções dos trabalhadores reunidas na Frente de Bronze, a grande organiza­ção de luta anti-nazi criada pelo Partido Social-Democrata Alemão: o próprio Partido (S.P.D.); os sindicatos; e a organização "Bandeira do Reich? com as organizações desportivas de trabalhadores. As setas simbolizavam, portanto, os três factores do movimento: o poder político e in­telectual; a força económica e social; a força física. O seu paralelismo expremia o pensamento da frente unida: tudo devia ser mobilizado contra o inimigo comum - o nazismo.
O símbolo das sociais-democracias espalhou-se depois largamente: era dinâmico e ofensivo, significava o avanço do Povo para um futuro novo e diferente. Traduzia bem, de acordo com o pensamento de Edward Bernstein, a importância fundamental do movimento, das conquistas sucessivas e pro­gressivas realizadas por via democrática.
Lembrava aos sociais-democratas as qualidades fundamentais que lhes eram exigidas: a actividade, a disciplina e a união.
Ao símbolo do nosso Partido, as três setas, foram sucessivamente atribuídos outros significados que correspondem, na realidade, às linhas fundamentais do programa do P.P.D.. As setas representam os valores fundamentais da Social-Democracia: a liberdade, a igualdade e a solidariedade; mostram que a democracia só existirá verdadeiramente se for simultaneamente política, económica e social.
Finalmente, as cores simbolizam movimentos e correntes de pensamento que contribuiram para a síntese ideológica e de acção da Social-Democracia: a negra, recorda os movimentos libertários do século passado, a vermelha, lembrando as lutas das classes trabalhadoras e dos seus movimentos de massa, e a branca, apontando os valores do homem, a tradição Cristã e humanista da Europa consubstanciada no Personalismo.
Em resumo, o símbolo do P.P.D. expressa bem a nossa vontade irreversível de ascenção, de caminhada com todos os Portugueses, para um futuro diferente, para a construção de uma sociedade nova, na Justiça e na Liberdade."
(1) S. Tchakhotine <<>>

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