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Que dois

nem sabem o que dizem, nem dizem o que sabem

Primeiro Ví­rus informático faz 20 anos

segunda-feira, janeiro 30, 2006
Ou melhor... faria 20 anos. Sim..porque já desapareceu. O primeiro virus informático apareceu em Janeiro de 1986. Chamaram-lhe Brain. Curiosamente, este ví­rus teve uma génese inocente: foi criado por dois irmãos, Basit e Amjad Farooq Alvi, para proteger um jogo que ambos haviam programado. E tudo mudou! o Brain propagava-se atravês de disquetes, por isso tornava-se muito lenta a sua difusão. Aliás não tinha nenhuma "missão" concreta, simplesmente era capaz de se espalhar e isso o caracterizou enquanto vírus. Infecções do sector "boot" e de ficheiros foram dominantes até meados dos anos noventa, altura em que apareceram os macro vírus. E quando a Internet se globalizou, e o proprio uso do PC se generalizou, o número e alcance dos ví­rus dispararam incrivelmente. Com o espantoso desenvolvimento dos sistemas informáticos, o aparecimento da robótica, e a constante busca do Homem pela comodidade e perfeição é justo reflectir, quase imaginar como será a acção dos vírus informáticos daqui a 20 anos? hum?

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As antigas tardes de sábado

sexta-feira, janeiro 27, 2006
Como estou numa "onda" de saudosismo (piegas.. hum??) recordo aqui uma fotografia onde estão alguns dos protagonistas de muitas tardes de sábado passadas nos últimos anos. Entre uns pontapés na bola e uns "chutos" nas canelas, entre momentos de intensas gargalhadas e instantes de alguma tensão, juntava-se um grupo divertido, que durante quase duas horas transpirava energias na busca de uma bola dentro das redes. Hoje em dia, face a múltiplas ordens de razão, já escasseiam estas oportunidades... Não era só o futebol que estava em "cima da mesa", era muito mais!

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Geração Rasca, 1996

terça-feira, janeiro 24, 2006
" Mais do que um simples jornal, um claro simbolo de postura de uma Associação de Estudantes. Da educação à regionalização, do desemprego às dependências, houve que estar atento, que formular propostas concretas de actuação, que marcar um calendário de discussão, que evitar a falta de controlo da situação. Pela frontalidade e objectividade (tão) bem assumida este ano lectivo, pela associação de estudantes, há que pontualizar de forma concreta a necessidade de continuarmos o bom trabalho. A associação de estudantes conheceu o desafio, não fugiu a ele e aí­ se criou pronto para o futuro, o espaço necessário da comunicação pretendida e da participação desejada. Mensalmente, um espaço para dar noticia das noticias, para fazer ouvir os protagonistas do dia-a-dia escolar, para ir ao encontro do admirável mundo novo da juventude, uma juventude irrequieta, ansiosa, espectante, exigente. Pretendeu-se a participação, a colaboração. Não fechada nos muros internos da escola, antes aberta e abrangente aos diferentes sectores da sociedade civil jovem. Contou-se com a diversidade da participação, associativa estudantil, empresarial, académica, desportiva, informativa, cultural. Basicamente, apalpar o pulso da juventude. Quis-se o discurso interno directo. Estar "in" da dinâmica organizativa da estrutura, fazer um verdadeiro "roteiro" de acções, propostas, ter a clara noção da força da presença do país real, onde realmente se sentem os verdadeiros problemas. Quizessemos demonstrar, com exemplos internos, que aquilo que defendemos lá para fora é para valer. O Geração Rasca não pode parar. Não vai parar. Porque nós existimos, e nós estaremos cá para o ano uma vez mais. "
André Almeida, Maio de 1996, editorial do Jornal escolar "Geração Rasca"

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Adrenalina 103.2

sábado, janeiro 21, 2006
Parece que foi ontem, mas já passaram 11 anos. O Adrenalina marcou uma fase da minha vida. Foram 4 anos a fazer rádio. Não sei se deixou saudades e memórias a alguém, mas daquelas horas de emissão sinto falta do prazer que é fazer rádio. Alguém já disse que fazer rádio é uma experiência indescri­tivel, eu atrevo-me a simplesmente dizer que é um prazer enorme. Há dez anos atrás o meu coração palpitava por aquele microfone e por aqueles misteriosos botões. Só pensava em Adrenalina... nas músicas a passar, no que dizer, nas novidades... O Adrenalina ajudou-me a construir hoje uma das minhas mais preciosas colecções: 600 e muitos "cd´s" originais de todos aqueles que faziam música alternativa na altura. Foi através do Adrenalina que nasceu o Arouca Rock e que se organizaram grandes concertos como os Quinta do Bill em Junho de 96. Lembro com saudade o programa do padre vilar que antecedia o meu, no qual estava muitas vezes de "plantão" a servir de DJ e a ouvir atentamente os "conselhos" do "Sr. Abade". Parem e imaginem.... acaba o padre vilar de "dar" um sermão de uma hora e arranca logo a seguir o adrenalina com o "anti-cristo" Marilyn Manson a apregoar outro sermão bem diferente. Em cima, na imagem está o primeiro alinhamento do primeiro programa a 21 de Janeiro de 1995. O Adrenalina abriu portas para outras experiências das quais falarei mais tarde, o Arouca Rock, a minha aventura como DJ na Stop entre outros. Uma palavra especial para o Nuno Cerca (meu companheiro no i­nicio do programa) e para o Franklin (verdadeiro homem da rádio e meu modelo (ai seu eu tivesse a tua voz!!) ).

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Absolutamente Não!

terça-feira, janeiro 17, 2006
"Fazemos parte de uma geração que nasceu politicamente com Cavaco Silva como Primeiro-Ministro. Organizamos e participamos em manifestações, vigílias e reuniões por um mundo que sabí­amos não dever ser dominado por um gestor iluminado que com discursos de rigor escondia o desenhar da crise em que continuamos a viver. Porque temos memória, não esquecemos Cavaco..." "...Não esquecemos as violentas cargas políciais sofridas, pelas escadarias da Assembleia da República e dentro das Universidades. Não esquecemos o spot da TSF que, da ponte 25 de Abril, lançava o grito para que "gajos ricos, gajos pobres"; se juntassem...""... Não esquecemos em Cavaco, o contí­nuo desrespeito por tudo o que era cultura, arte ou memória. E também não esquecemos aquele dia em que Cavaco perdeu e que nos deixou reentrarmo-nos em torno das nossas vidas. Fomos desobedientes naquela altura e agora torna a ser necessário voltar a sê-lo!" Cavacoforadebelém

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ABC da Natureza

segunda-feira, janeiro 16, 2006
Corria o ano de 1991 quando publiquei o meu primeiro "trabalho jornalí­stico". Intitulado de "ABC da Natureza", no âmbito da disciplina de Ciências da Terra e da Vida, leccionada no meu 8.º ano, pela professsora Vera Noites. Não Imaginam voçês, o espanto da professora ao receber um trabalho totalmente "feito no computador" (como na altura se costumava dizer), lembro-me perfeitamente quando o fui entregar, subindo aquelas escadinhas exteriores, na casa da própria, no lugar de Santo António. Foi, praticamente, há 15 anos atrás e era absolutamente raro alguém ter computador, inclusivé as grandes empresas e instituições públicas. De facto, a "máquina" era um objecto estranho para quase toda a gente. Não me lembro do editor que utilizei, mas para terem uma ideia, não existia sequer a primeira versão do windows, quanto mais "word" ou qualquer outro programa mágico a que hoje todos temos acesso.
Mas não é sobre informática que quero escrever, mas sim sobre o meu gosto pela paginação e edição de jornais, boletins e afins. Este foi o meu primeiro e tendo em conta a "altura" e os recursos, creio ter feito um bom trabalho. Seguiram-se outros projectos, como o "Geração Rasca", "O Cliente" e o "estudAnt3", "fabricados" para serem de consumo imediato e sem grandes intenções de continuação, quase sempre integrados noutros projectos e que serviram apenas para intemporizar alguns dos feitos realizados pelos mesmos. Ainda assim, trabalhei-os com enorme dedicação, sempre na busca da perfeição. Ah! Sim... para acabar, "recuerdo" que tive uma excelente nota... Obrigado Vera! Não pela nota, mas pela tua dedicação e exigência enquanto (minha) professora.

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Medicina Dentária no Sistema Nacional de Saúde

quarta-feira, janeiro 11, 2006
Hoje, dia 11 de Janeiro de 2005 vai ser discutido na Assembleia da República um projecto de lei que "Consagra a integração da medicina dentária no Serviço Nacional de Saúde e a carreira dos médicos dentistas". A iniciativa é da responsabilidade do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda. Este projecto tem a iniciativa de alargar qualitativa e quantitativamente o Programa de Saúde Oral, bem como a carreira superior dos médicos dentistas, integrando estes no SNS. Assim, o projecto de lei pretende estender à totalidade dos cidadãos os tratamentos buco-dentários, integrados no Serviço Nacional de Saúde. Aponta como prioridade alguns grupos de risco que, por sua natureza, são mais vulneráveis por via de patologias não tratadas; os mais carenciados; os idosos; os toxicodependentes; os deficientes, os reclusos; os imigrantes e os portadores de doença infecciosa, entre outros.Por outro lado, o projecto de lei em causa pretende garantir, ao integrar no SNS os tratamentos em causa, a forma gratuita dos cuidados básicos de saúde oral e a revisão das comparticipações em próteses dentárias e operações no âmbito da medicina dentária não garantidas nos cuidados básicos de saúde oral. Dou total apoio a esta iniciativa e se eventualmente estivesse em funções como deputado votaria favoravelmente este projecto do Bloco de Esquerda. Aqui podem consultar um artigo que publiquei em 2004 na EDSA Magazine referindo o estado da saúde oral em Portugal e defendendo a integração da Medicina Dentária no SNS.

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Que Dois !

Desde Setembro de 2005 (altura em que iniciamos este blog) e segundo o Google Analytics, o "Que Dois" foi visitado por cerca de 2600 pessoas oriundas dos mais diversos cantos do mundo, como comprova o "print screen". Os Paí­ses visitantes foram: Portugal, United States, Brazil, Canada, France, United Kingdom, Australia, Poland, Germany, Spain, Singapore, Argentina, Japan, Belgium, Austria, Chile, Mexico, New Zealand, Colombia, Hong Kong, Sweden, United Arab Emirates, India, Italy, Switzerland, South Africa, Morocco, Israel e Taiwan. Obrigado pela visita!, Thank you for coming!, Merci de la visite!, Gracias por la visita!, Danke für den Besuch!, Grazie per la chiamata!, Dank u voor het bezoek!,
(Isto é o que eu chamo um "post placebo", não tem conteúdo nenhum e serve apenas para dizer alguma coisa quando não há mais nada para dizer. :)

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Konstantin Afonitchev

terça-feira, janeiro 03, 2006
O "Kosta", nome que lhe fomos chamando desde que chegou (uma espécie de diminuitivo do seu próprio nome: Konstantin, adaptado à língua portuguesa) chegou a Portugal por volta do ano 2001. Originário do Cazaquistão, um país quase desconhecido da maioria dos Portugueses, o "Kosta", é vulgarmente confundido como sendo ucraniano. Longe disso. O País dele é um território situado no centro da �sia e é uma grande extensão de regiões desérticas ricas em minérios, estima-se que possua no mar Cáspio uma das maiores reservas de petróleo ainda inexploradas do planeta. A sua população é um misto de cazaques e russos e a principal religião é o islamismo (maioria sunita). Os cazaques, descendem de tribos nômadas de origem turca e religião muçulmana, que, no século XVII, pediram protecção ao czar russo diante de uma ameaça de invasão mongol. Os russos, por sua vez, são provenientes da dominação russa sobre o país, que se torna independente muitos anos depois. A pátria do "kosta" como ele próprio diz no seu português preguiçoso, é "...como uma mulher que todos fodem, e a quem deixam uma esmola no fim...", não obstante, ele adora o seu país e sempre que falamos no assunto, a discussão fica realmente acessa, com ele a defender a sua dama e eu a minha, sim... porque o "kosta" aquando destas trocas de galhardetes, acusa sempre Portugal de ser um País de antepassados negros, de "assassinos" (referindo-se à escravatura e à colonização) e de "estúpidos" (não soubemos gerir as fortunas que "roubávamos" a Africa). O "Kosta", como já entenderam, (apesar de não ser nenhum neurocirurgião ou físico reputado, tal como muitos emigrantes de Leste no nosso país afirmam ser), é um humilde e simples Ser, mas também um Homem extremamente culto e inteligente. O Futuro quis que ele voasse de Almata (cazaquistão) para Berlim, apanha-se um táxi até Madrid e posteriormente um autocarro até lisboa. Entre alguns precalços e aventuras veio parar a Arouca e à porta do Celeiro, pedindo emprego. Ficou. E a familia ganhou mais um membro. Sim, literalmente. O "kosta" viveu em nossa casa até há muito pouco tempo, dormiu, comeu, sorriu, conversou, chorou...viveu..., estave presente em todas as festas familiares, como verdadeiro membro da familia que é, até este Natal, altura em que conseguiu trazer para junto dele a sua companheira e a sua filha. Lembro com nostalgia, o ínicio, as dificuldades de comunicação, a comida portuguesa que ele teimava em não gostar, as discussões sobre históriam e sobre política. É o "Kosta", para quem não conhecia, o irmão mais velho, mas, que chegou mais tarde!